quinta-feira, 1 de maio de 2008

A formação e o papel do professor de EBD

INTRODUÇÃO

A Bíblia é a Palavra de Deus enviada aos homens. Nela, encontramos a Didática divina, desde o Velho Testamento até o Novo Testamento. Com Jesus Cristo, encontramos a perfeição do ensino , em seus discursos, nas parábolas, nas interrogações, nos diálogos e na prática de sua doutrina.
O professor da EBD, além de ser uma pessoa dedicada ao ensino, precisa ter uma formação mais ampla, para que possa atender às demandas, na igreja local, por parte de um alunado cada vez mais exigente, em termos de conhecimento e cultura, sem perder a visão de que é um servo de Deus, que necessita dramaticamente da graça de Deus e da unção do Espírito Santo, para cumprir bem sua tarefa, no novo milênio. Neste trabalho, esperamos contribuir para o entendimento desse tão importante tema para o papel do professor da EBD.

I - O PREPARO BÍBLICO-ESPIRITUAL (1 Tm 2.15)

1. APRESENTADO-SE A DEUS . “Procura apresentar-te a Deus...” (v.2). Tudo o que fazemos deve ser como para Deus e não aos homens (Cl 3.23).

2. “COMO OBREIRO APROVADO, QUE NÃO TEM DE QUE SE ENVERGONHAR” O professor da EBD é um obreiro a serviço do ensino na Casa do Senhor. Precisa ser aprovado:

1) No testemunho pessoal (1 Tm 4.16; 2 Tm 4.5)


2) Na vida familiar (Sl 128.1)


3) Na vida social (Mt 5.16)


4) Na igreja (Ec 5.1,2)

Tiago adverte que muitos não queiram ser mestres (professores), visto que “receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1).


3. “QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE”.


Este é um ponto fundamental. Um obreiro que evangeliza, como Timóteo, precisa saber manejar a Palavra. Um obreiro que ensina precisa mais ainda desse manejo. Quem ensina é professor, é mestre. “Deus deu uns para apóstolos....e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11). Para ter esse manejo, é preciso que o professor tenha certos cuidados:


1) Seja um leitor persistente e estudioso da Bíblia (1 Tm 4.13)
2) Seja dedicado ao ensino (Rm 12.7b).
3) Seja um leitor de bons livros de estudo bíblico (2 Tm 4.13).
4) Procure conhecer versões variadas da Bíblia, principalmente as de estudo bíblico (Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD); Thompson (Ed. VIDA).
5) Utilize dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas.
6) Seja um leitor de revistas, jornais, e periódicos (evangélicos e seculares).


II - O PREPARO TEOLÓGICO.

Embora não seja indispensável, seria interessante que o professor da EBD, tendo condições, fizesse um Curso Teológico. Nele, não se faz um excelente professor da EBD pois este é feito por Deus. Contudo, o curso dá uma visão ampla do estudo sistemático da Palavra de Deus, a partir da Teologia Sistemática e suas divisões; da Hermenêutica, da Homilética, da História da Igreja, da Geografia Bíblica, Ética Pastoral, Didática, Psicologia, etc...
A Bíblia diz: “Examinai tudo. Retende o bem...” (1 Ts 5. 21). Os que criticam o estudo da Teologia, hoje, certamente o fazem, motivados por um falso complexo de superioridade, ou por ignorância quanto à sua utilidade para o ministério do ensino na casa do Senhor.

III - O PREPARO DIDÁTICO DO PROFESSOR DA EBD


1. CONCEITOS


1.1. DIDÁTICA. "A técnica de dirigir e orientar a aprendizagem; técnica de ensino"; "O estudo desta técnica". (Dic. Aurélio). "É a ciência, a arte e a técnica de ensinar". Como ciência, baseia-se em princípios científicos, chamados de "leis do ensino"; como arte, envolve a prática e a habilidade em comunicar conhecimentos; como técnica, utiliza métodos e recursos que facilitam o processo ensino-aprendizagem.

1.2. ENSINAR. Segundo GRIGGS (P. 16), "Ensinar não é somente uma ciência, mas, também, uma arte. O professor é mais um artista do que um cientista".


1.3. EDUCAÇÃO. "Podemos dizer que a educação é um processo contínuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da vida".(EETAD, p. ); GREGORY (p. 11,12) vê dois conceitos de educação: "Primeiro, o desenvolvimento das capacidades; segundo, a aquisição de experiência". "É a arte de exercitar e a arte de ensinar". Com isso, o resultado esperado é "uma personalidade bem desenvolvida física, intelectual e moralmente, com recursos tais que tornem a vida útil e feliz, e habilitem o indivíduo a continuar aprendendo através de todas as atividades da vida".

1.4. EDUCAÇÃO CRISTÃ. É o processo de ensino-aprendizagem proporcionado por Deus, através de sua Palavra, pelo Poder do Espírito Santo, transmitindo valores e princípios divinos. É diferente da educação secular, que só transmite instruções e conhecimentos, deixando de lado os valores éticos, morais e espirituais. Por isso, a base da Educação Cristã é a Bíblia Sagrada. O professor da EBD tem grande responsabilidade, na sua tarefa, de contribuir para a educação de tantas vidas que se colocam, na classe, para ouvi-lo.


1.5. EDUCAÇÃO RELIGIOSA. "...é um programa de ensino bíblico, cuja finalidade visa à integração da pessoa na igreja, seu desenvolvimento espiritual e maturidade cristã" (Diretrizes da Ed. Religiosa nas Assembléias . de Deus, p. 1). A educação religiosa é desenvolvida:


1) NA IGREJA (No ministério pastoral)


2) NA ESCOLA DOMINICAL


3) NO LAR (Culto Doméstico, atitudes, exemplo dos pais, etc.)

1.6. PEDAGOGIA. "Teoria e ciência da educação e do ensino; conjunto de doutrinas, princípios e métodos de educação e instrução que tendem a um objetivo prático" (Dic.). "...é a arte e ciência de ensinar e educar " (GILBERTO, p. 152). Enquanto a Didática (prática) se volta para o ensino propriamente dito, a pedagogia volta-se para a Educação (Ciência, doutrina).
Pode-se dizer que o ESTUDO DA DIDÁTICA envolve todo o processo do ensino-aprendizagem. Nele, estudam-se o Planejamento do Ensino, a definição de objetivos, métodos e técnicas, meios auxiliares de ensino, avaliação, etc...
  1. O PAPEL DO PROFESSOR NAS IGREJA

    Sendo a Didática a arte e a técnica de transmitir o ensino ou os conhecimentos, o professor tem papel fundamental, no sentido de "estimular, dirigir e auxiliar a aprendizagem..."(CGADB, P. 11). O Professor cristão deve ser um instrumento nas mãos do Espírito Santo, para transmitir a Palavra de Deus. Jesus disse: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 19.28).
    Segundo GRIGGS (p. 18-20), o professor cristão deve ser amigo, procurando relacionar-se bem com os alunos; deve ser intérprete, traduzindo para os alunos aquilo que lhes é ensinado; planejador, procurando adaptar as lições, os currículos às necessidades dos alunos; aprendiz, estando disposto a colocar-se no lugar dos que querem sempre aprender mais para ensinar melhor.
    Além disso, o professor cristão deve ser um EXEMPLO para seus alunos. "Assim falai, assim procedei..." (Tg 2.12). Na escola secular, o professor pode ser um mero transmissor de conhecimentos. Na Igreja, é diferente. O professor tem que ser didático e exemplar.
3. ATITUDES DO PROFESSOR DA EBD

O professor, na igreja, precisa ser "...APTO PARA ENSINAR" (2 Tm 2.24), precisa ser uma pessoa DEDICADA AO ENSINO (Rm 12.7) e, como OBREIRO, precisa apresentar-se "...a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade" (2 Tm 2.15).
  1. Orientador das mentes e vidas dos alunos;
  2. Entusiasmado, sincero, humano e otimista;
  3. Atualizado, não só em termos do que ensina, mas de outras áreas;
  4. Não fugir do assunto da lição, contando "testemunhos" e estórias para passar o tempo;
  5. Enriquecer a lição com fatos novos;
  6. Não ler simplesmente a lição diante da classe; seguir o roteiro, comentando e dando oportunidade aos alunos para se expressarem;
  7. Não confiar no improviso; deve ler e PREPARAR a lição com antecedência, conferindo com a Bíblia.
  8. Pontual e assíduo, para não decepcionar os alunos;
  9. Ao final de cada aula, sempre fazer a avaliação (perguntas, testes, etc..)
4. COMO O PROFESSOR DEVE VER O ALUNO


Nas igrejas, é comum o ensino tradicional em que o ALUNO NÃO É O CENTRO do ensino. É por isso que muitos alunos iniciam o ano na Escola Dominical, mas, 3 meses depois, não vão mais à EBD.
É importante que o professor entenda que é um instrumento de Deus a serviço da formação espiritual dos alunos. Estes devem ser o alvo do ensino, e não o professor.


IV - O EXEMPLO DE JESUS COMO PROFESSOR


O Mestre Divino deixou-nos os seguintes exemplos (Manual da EBD, p 165-6):


1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);
2) Conhecia seus alunos (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21);
3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);
4) Ensinava verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17-26; Jo 14.6);
5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes, como se pode ver a seguir:
  1. Lições práticas (Jo 4.1-42) - falou da água para atrair a mulher samaritana;
  2. Pontos de contato (Jo 1.35-51): o relacionamento entre André, João, Pedro, Filipe e Natanael;
  3. Solução de problemas (Mt 22.15-21). Pediu uma moeda e questionou os deveres para com Deus e as autoridades.
  4. Técnica de perguntas. Jesus fez mais de cem perguntas para levar as pessoas a entender sua mensagem.
  5. Parábolas. O Mestre utilizou grandemente o recurso das parábolas para evidenciar as verdades eternas.
  6. Oportunidades (Mt 26.17-30; Jo 13.1-20). Ele aproveitou a ocasião da Páscoa, e lavou os pés dos discípulos para ensinar sobre sua morte e sobre a humildade do servo.
  7. Trabalho em grupo (Mt 5 a 7; Jo 14 a 17). Tanto pregava a grandes grupos (as multidões) como a pequenos grupos (os discípulos); na casa de Lázaro, Marta e Maria, etc.
Ele levava o discípulo a aprender a resolver problemas. Na multiplicação dos pães, Ele disse: "Dai-lhes vós de comer..." (Lc 9.13a). Ele não trabalhava só. Valorizava o GRUPO. Formou um grupo de 12 discípulos para fazer o trabalho com Ele. Incentivava os discípulos a praticar o aprendizado. Enviou 12, de dois em dois; depois, enviou 70, de dois em dois.

V - OS OBJETIVOS DO ENSINO NA IGREJA


De acordo com GILBERTO (P. 153-4), os objetivos do ensino bíblico são:


1) O aluno e suas relações com Deus (Is 64.8);
2) O aluno e suas relações com o Salvador Jesus (Jo 14.6);
3) O aluno e suas relações com o Espírito Santo (Ef 5.18);
4) O aluno e suas relações com a Bíblia (Sl 119.105);
5) O aluno e suas relações com a Igreja (At 2.44; Ef 4.16);
6) O aluno e suas relações consigo mesmo (Fp 1.21; 3.13,14);
7) O aluno e suas relações com os demais alunos e com as demais pessoas (Mc 12.31).


VI - A DIDÁTICA, OS MÉTODOS E AS TÉCNICAS DE ENSINO NA IGREJA


1. MÉTODOS DE ENSINO

A palavra método vem do grego, méthodoscom o significado de "caminho para chegar a um fim"; ... "processo ou técnica de ensino" ; "modo de proceder; maneira de agir" . (Dic. Aurélio) . Na prática, os métodos envolvem as técnicas, como forma de operacionalizá-los.
Nas igrejas, de modo geral, os métodos de ensino da Palavra de Deus continuam sendo os mais tradicionais, predominando do MÉTODO EXPOSITIVO. Este, com a unção de Deus, tem efeitos extraordinários no aprendizado. Contudo, outros métodos e técnicas podem ser utilizados nas igrejas, desde que haja condições para isso (pessoal qualificado, recursos materiais, espaço , etc..).

De acordo com a Didática, podemos resumir os métodos de ensino em três tipos:
    1. Métodos de ensino individualizado:
"A ênfase está na necessidade de se atender às diferenças individuais, como por exemplo ritmo de trabalho, interesses, necessidades, aptidões, etc.". Predominam as atividades individuais (de estudo e pesquisa).


Como exemplo, temos as seguintes técnicas:
  • Instrução programada (precisa de objetivos definidos, apresentação em pequenas etapas e em seqüência lógica, participação ativa do aluno, o aluno estuda em seu próprio ritmo; bom para um curso bíblico básico.
  • O estudo dirigido: leva o aluno a aprender a estudar, Ter bons hábitos de estudo, explora o pensamento reflexivo; bom método para estudo da lição da EBD, quando o professor pode trabalhar com a turma, passando exercícios para o Domingo seguinte.
  • O ensino por fichas: exige muito trabalho, pois há pelo menos 5 (cinco) tipos de fichas (Ficha de informação, ficha de exercício, ficha de controle, ficha de recuperação e ficha de desenvolvimento) . Na EBD pode ser simplificado, com a distribuição de fichas, com tópicos da lição, numa classe pequena: ficha de informação, com o assunto a ser estudado, ficha de exercício ficha de avaliação (exige mais trabalho do professor), ou uma ficha única, com informação, exercício e avaliação ;
  • O ensino por módulos: nesse método são definidos três elementos; 1) Objetivos educacionais; 2) ensino individualizado e 3) avaliação baseada nos objetivos definidos.
    1. Métodos de ensino socializado.
Fundamentam-se na chamada "Dinâmica de Grupos". Visa fortalecer a personalidade do aluno, no trabalho em grupo, dando-lhe capacidade para se integrar na comunidade, na vida coletiva. Os grupos não devem ser muito grandes. (4 a 7 alunos). Os alunos recebem uma tarefa de estudo, e o professor exerce o papel de orientador e supervisor.


- Técnicas de trabalho em grupo:


Algumas técnicas grupais podem ser bem aproveitadas nas classes da EBD:
  1. Discussão em pequenos grupos: troca de idéias e opiniões sobre um tema em função da doutrina bíblica: ex. o pecado é o mesmo em todos os países? ; o aborto é justificável em algum caso? (de estupro, por exemplo?).
  2. Discussão dirigida: um problema pode ser apresentado pelo professor e todos os alunos o discutem, sob sua orientação. Ex. Qual o papel das obras para em relação à salvação? Os usos e costumes devem ser preservados? A participação do crente na política, etc.
  3. Dramatização. Tem grande efeito na EBD. Uma classe pode preparar uma dramatização sobre o assunto da lição. Por ex. O clamor dos povos não-alcançados (missões); o valor do perdão; o bom Samaritano, etc.
  4. Seminário. Uma vez a cada período, para jovens e adultos, ao invés de haver classes separadas, pode haver um seminário para o grupo maior, permitindo-se exposição, seguida de perguntas e respostas sobre o assunto da lição;
  5. Painel de debates. Um assunto polêmico pode ser apresentado por pessoas que conheçam bem o tema, e , depois, os alunos podem emitir suas opiniões, sob a coordenação do superintendente da EBD ou de outra pessoa apta para o uso dessa técnica.
Nas igrejas, é comum o ensino tradicional, embora já existam iniciativas e práticas do ensino moderno. Interessante é notar que JESUS usava métodos e técnicas avançados de ensino. Ele levava o discípulo a aprender a resolver problemas. Na multiplicação dos pães, Ele disse: "Dai-lhes vós de comer..." ( Mt 14.16b). Ele não trabalhava só. Valorizava o GRUPO. Formou um grupo de 12 discípulos para fazer o trabalho com Ele. Incentivava os discípulos a praticar o aprendizado. Enviou 12, de dois em dois; depois, enviou 70, de dois em dois (Lc 10.1).

1.3. Métodos de ensino sócio-individualizado


Os estudiosos entenderam que o método individualizado e o socializado, utilizados com freqüência, poderiam levar à monotonia.

Os métodos sócio-individualizados procuram usar com equilíbrio o ensino individualizado e o socializado, visando "balancear a ação grupal e o esforço individual no sentido de promover a adaptação do ensino ao educando e o ajustamento desta ao meio social" (Vilarinho, p. 79).


As técnicas desse método são, basicamente: a) Método de projetos; b) método de problemas; c) unidades didáticas; d) unidades de experiências e) a pesquisa como atividade discente.

Na EBD, os métodos de problemas e pesquisa como atividade discente são os mais aplicáveis.


Vale salientar que há diversas técnicas de ensino que podem ser utilizadas, na EBD, sem que sejam necessários gastos excessivos. O mais importante é a "DEDICAÇÃO AO ENSINO" (Rm 12.7b) sob a unção do Espírito Santo. As carências e deficiências podem ser compensada com a graça de Deus.


3. OS MATERIAIS (MEIOS) AUXILIARES DE ENSINO


São recursos utilizados pelo professor, na execução de um método ou técnica de ensino, visando "auxiliar o educando a realizar sua aprendizagem de modo mais efetivo"... "um instrumento para a consecução dos objetivos traçados" no plano de aula. São os recursos audiovisuais.

Nas igrejas, o ensino é preponderantemente expositivo. O professor fala e os alunos escutam. Há obreiros que não admitem o uso de audiovisual no templo. De modo geral, pouco uso se faz dos meios ou materiais auxiliares do ensino. Com isso, a qualidade do ensino tende a ficar aquém do desejável, pois a mensagem é transmitida de modo inadequado. A pregação pode ser somente expositiva e alcançar o objetivo, pela unção do Espírito Santo. O ensino, no entanto, deveria valorizar mais os meios materiais.

Os materiais auxiliares são variados, e podem ser utilizados de acordo com as condições de cada igreja local. Dentre esses, temos
  • régua, lápis, borracha, giz, pincéis, massas, tesouras, cartolina , agulha, tecido;
  • cartazes, álbum seriado, slides, filmes, fotografias, fluxogramas;
  • livros, revistas, dicionários, textos;
  • discos, CD´s, fitas cassete, gravadores, rádio, globos, flanelógrafo, quadro de pregas, transparências, retroprojetores, monitor de vídeo, projetor de multimídia, computador, etc.
  • Os meios auxiliares de ensino podem ajudar na transmissão didática do ensino, com as seguintes vantagens (EETAD, p. 87):
- Ajudam a captar a atenção;
- Ajudam a manter o interesse;
- Ajudam a aclarar as idéias;
- Ajudam a reter a aprendizagem.


Um provérbio chinês diz: "O que eu ouço, esqueço; o que eu vejo, lembro; se eu faço, aprendo".


Estudiosos afirmam que a aprendizagem ocorre por meio dos cinco sentidos:
  • 1 % pelo paladar;
  • 1,5% pelo tato
  • 3,5% pelo cheiro
  • 11 % pela audição
  • 83% pela visão
Outros estudos mostram o valor da combinação entre o ouvir e o ver:


Métodos de comunicação
Lembrança três
horas depois
Lembrança três
dias depois
Quando o professor só fala
70%
10%
Quando o professor só mostra
72%
20%
Quando o professor fala e mostra
85%
65%

4. O ASPECTO ESPIRITUAL DA DIDÁTICA CRISTÃ


Jesus disse: "Sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15.5) . Com essa afirmação, o Senhor quer dizer-nos que, sem seu poder, sua direção, sua unção, nada podemos fazer de real, efetivo e eficaz. S. Paulo, um excelente mestre nas Escrituras, tinha a convicção disso, quando afirmou: "Ele é o que opera em vós tanto o querer quanto o efetuar" (Fp 2.13) .


O professor, na igreja, pode ser formado, com curso de graduação, especialização, mestrado e até doutorado em Educação. Entretanto, se não tiver a unção do Espírito Santo, seu ensino não atingirá os objetivos. O Espírito Santo é o Professor invisível da igreja. Jesus disse: "Mas aquele consolador...esse vos ensinará todas as coisas.... (Jo 14.26)


CONCLUSÃO


O professor da EBD é um obreiro a serviço do ensino na igreja local. Diante disso, deve ser pessoa de oração, dedicada ao ensino, sendo exemplo para os alunos. Sua conduta, diante da classe, e na vida pessoal, é fundamental para que os alunos se interessem em ir à igreja, para ouvir a ministração das lições a serem ensinadas. O maior desafio ao professor está contido em Rm 12.7: "...se é ensinar, que haja dedicação ao ensino". No novo milênio, que se prenuncia cheio de desafios culturais, éticos e educacionais, é necessário que o professor da EBD procure, dentro da realidade da igreja local, preparar-se melhor para desincumbir-se da abençoada e difícil tarefa de ensinar a Palavra de Deus a seus alunos.





BIBLIOGRAFIA


- BÍBLIA SAGRADA, Ed. Revista e Corrigida. Editora VIDA, S. Paulo, 1982.


- CGADB. Diretrizes e Bases da Educação Religiosa nas Assembléias de Deus no Brasil. CPAD, Rio, 1988.


- EETAD, A Educação Cristã. Campinas, SP.


- GANGEL, Keneth & HENDRICKS, Howard G. Manual do Ensino, CPAD, Rio, 1999.


- GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical. CPAD, Rio, 17a. Ed, 1997.


- GREGORY, John Milton. As sete leis do ensino. JUERP, Rio , 1977.


- GRIGGS, Donald L. Ensinando professores a ensinar. Ed. Presbiteriana, S. Paulo, 1987.


- VILARINHO, Lúcia Regina Goulart. Didática. LTC, S. Paulo, 1979.